terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Escrito em 06/06/10 e achado hoje

Eu realmente não sei sobre o que se tratará o texto, pelo menos não especificamente. Tempos difíceis os que eu passo. Acreditem ou não sempre fui bom em escrever, não importa sobre o que. Porém, como eu disse acima, tempos difíceis os que eu passo. Parece que quanto mais eu me deixo levar pelas coisas simples do cotidiano menos minhas habilidades intelectuais têm força. Isso é algo que eu chamo de bloqueio mental.

Este bloqueio mental me assola pela primeira vez em minha curta vida. Nunca tive dificuldades para me expressar com palavras. Frases curtas ou textos longos. Sempre consegui redigi-los com êxito. Ainda me lembro de minhas primeiras apresentações de textos sérios (ou não, heh) em meados de meus oito anos de idade. Não estou dizendo que eram obras primas, mas que eram bem avançados para minha faze, quase como eu já tivesse uma pistola na primeira missão de GTA onde só deveríamos ter um taco de beisebol.


–Wazzap Negga!?

Mas agora eu passo pelo temível bloqueio mental. Não sei explicar exatamente o que é tal male. Não sei se é culpa minha ou do meio em que convivo. Eu só sei que isso é uma merda.

É basicamente o seguinte:

"Você está completamente normal, lendo um bom livro (O Último Templário), pensando em criar um blog para expor algumas idéias, falar mal do Justin Bieber e Coloridos, como deixar bravo seu professor substituto português que te chama de nazista e aumentar seu pênis grátis, clique aqui.

Então você dorme.

–Ai ai, que manhã linds, tôu feliz, acho que vou levantar. Ai não, eu istudu de noiti e não trabalhu mais, heh. Vô tirá a tardi pra lê u livru.

Duas páginas depois...

–Ai, cansei...

O dia passa e você percebe que algo está errado, deixa de cumprir suas obrigações ocasionais, espera a noite chegar e vai pra escola. Você ainda tem a sorte de na primeira aula ver aquela professora que sempre falta. Você não tem ABSOLUTAMENTE NADA da matéria dela. Mas calma, hoje é um dia diferente, você sabe disso, e só esperava por isso depois de olhar a cara dela.

PROVA.

Comum, professores dão provas, desde os bonzinhos aos sacanas. Essa em especial eu considerei bem sacana. Mas basta, o alívio chegou, uma pequena produção de texto para trabalhar os neurônios.

Deveria ser simples, não? Sim, era simples.

Comecei aquele tema bem vagabundo de sempre "Jovem na atualidade". Escrever para fazer a professora chorar, era uma boa meta, quem não gostaria disso? Mas era um dia diferente e pela primeira vez na minha vida as palavras simplesmente não saiam de minhas mãos.

Passavam-se os minutos e nada, já estava dando cadernadas na minha cabeça quando e a os 40 minutos da primeira aula se esgotarem tocou o sinal para a próxima aula. Alguém provavelmente já fez uma tirinha do FUU sobre isso.

E depois disso as coisas não melhoram meus amigos. Eu estava oficialmente bloqueado."

Observem como eu passei o conteúdo desta parte do texto da Terceira para a Primeira pessoa sem perceber.

–There's something wrong.

Se você passa por isso neste momento, hah, estou rindo de você. Caso você não esteja passando por isso, hah, pode rir de mim.

Este male do qual eu sofro agora parece incurável. Ele realmente me pegou de jeito, prova disso são meus inúmeros textos pela metade na minha pasta "Textos Incompletos". Sim, eu tive que criar uma pasta só pra isso. E olha que é difícil eu criar uma pasta para algo, eu simplesmente só deixo tudo no Desktop. A sensação é pior que tudo, você se sente preso em sua mente sem expectativas de melhorar. Podem me chamar de depressivo, as vezes todo mundo é, mas é muito frustrante. É como estar acorrentado a uma parede com uma seta escrita "imbecil" apontando pra você enquanto você vê todos seus pensamentos correrem de você.

Só posso concluir bem meia boca isso tudo, mesmo porque eu não consigo fazer de outra maneira. Se em algum futuro próximo eu me curar disto prometo ser mais prestativo com relação à porra toda. Prometo fazer algo descente para todos meus amigos imaginários que lêem. Isso mesmo, o final ficou uma merda e vão se lascar (a não ser que você seja uma pessoa real e não um amigo imaginário, neste caso não vá se lascar, preciso de você).

Terminei com um pouco de revolta porque estou ouvindo muita música melódica de revolta.

Sente do drama: